15/03/2015 |    1900 views |    0 views  

O orgulho é uma tentativa frustrada de uma emancipação das nossas fraquezas. Mais do que isso, ele nos leva a pensar que somos nosso próprio Deus. Desprovido de uma ligação humilde de dependência do criador o ser humano é levado para a desobediência.

Nos capítulos 2 e 3 do livro de Gênesis, vemos o pedido de Deus para que o homem e a mulher não comam do fruto proibido. Deus estabelece uma relação de confiança, faz uma aliança com o homem. Na história aparece a serpente, que em uma relação metafórica, pode ser comparado com a voz que há em nós pela busca da emancipação e nos tornar nosso próprio Deus. Podemos remeter também ao diabo como tentador, porém, acima de uma voz externa está a força de uma relação de aliança.

Genesis 3:5 - Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal.

E eis que a proposta foi lançada, e sereis como Deus, pobre do homem.

Gênesis: 3. 6. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu.

A busca por conhecimento longe de Deus nos leva a caminhos sombrios, conduzindo o percurso para um movimento que desconecta. Longe de Deus, a razão idolatrada por grandes filósofos, tenta substituir o insubstituível, tornando o homem uma lástima sombra do nada.

Com o ego inflado, o homem chega ao fundo do poço quando tenta se esconder de seu criador, como uma presa fugindo de seu caçador.

Gênesis: 3. 9. Mas chamou o Senhor Deus ao homem, e perguntou-lhe: Onde estás?

Maldito o homem que ousa a querer fugir do onipresente, tão inteligente para querer sua emancipação, mas um tolo, por pretender o impossível. Um paradoxo da burrice.

O orgulho é aquele que lhe dá forças para voar, mas que não te levanta do tombo certo, pelo egoísmo de sua ação, quer ser o dono do ser. A humildade, a única capaz de escorar as fracas pernas e corpo machucado, não entra, pois pela sua característica humilde sempre espera um convite para uma provável visita a fim de fazer morada. Desprovido da humildade, o homem joga a culpa para a mulher, em contrapartida a mulher joga a culpa para a serpente e a serpente sorri vitoriosa, pois ela é o orgulho.

Gênesis: 3:12-13 - Ao que respondeu o homem: A mulher que me deste por companheira deu-me da árvore, e eu comi. Perguntou o Senhor Deus à mulher: Que é isto que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente enganou-me, e eu comi.

O orgulho venceu, o orgulho destruiu, porque o coração do homem esteve longe de Deus, sua força contra seu próprio eu.

No ministério de Louvor não há espaço para este tipo de pessoa, pois um coração sem Deus é nada. Grandes ministros (chamo ministros todos os integrantes do ministério de louvor) se perdem quando encontram dentro de si a razão do ministrar (o que ministra, o que canta, o que toca algum instrumento), por que para ele e por ele são todas as coisas. Reparem que não coloquei o ele em letra maiúscula remetendo a Deus.

É este tipo de pessoa que não partilha das vitórias do ministério; que se restringe a tocar com o fulano por desavença, inveja ou fricote; que gera a rebelião; que não aceita tocar ou cantar a música escolhida; que não aceita as ordens de seu pastor; que toca e vai para fora da igreja; que acha um privilégio do mistério o tê-lo; que conta quantas vezes está escalado e compara com os outros; é aquele que não se consagra;

O que é ele além de sim mesmo? Pessoas que não refletem Cristo e seu amor, são iguais a uma árvores infrutífera, que além de não servir para nada, podem proliferar bactérias e acabar como toda a plantação. A única solução é o corte e um plantio de uma nova no lugar.

Pessoas assim precisam morrer para si e nascer em Cristo, precisam abandonar a religiosidade e experimentar uma conversão autêntica ao cristianismo. A morte é necessária para o nascimento de uma árvore frutífera e saudável. Como um girassol é preciso se voltar para a fonte de vida e se alimentar para um crescimento verdadeiro.

O novo Adão que é Cristo precisa de espaço em nosso ministério, para que possamos servir com amor, reverência, devoção, alegria, para honra e glória dele.